PEPEDT e as atividades em Mazomba

23/01/2023

Isabella Dias de Carvalho

CONVERSANDO SOBRE O TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO​

No dia 24 de Novembro de 2022, em Mazomba, no distrito de Mangaratiba, em Itaguaí, foi realizada uma visita do PEPEDT no território. A ida foi feita para acompanhar e entender as novas atividades que já estão sendo feitas pelos colaboradores e observadores do Colegiado BIG. Estando presente representantes da  Cooperativa de Agricultores Familiares de Itaguaí (COOPAFIT), Instituto Mazomba, VALE e a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca de Itaguaí.

No primeiro momento houve uma apresentação e agradecimentos pela recepção ao PEPEDT feita pelos presentes, de início a reunião teve uma conversa guiada pelos Professores Lamounier Erthal Villela e Patrick Maurice Maury, quanto à importância sobre a governança e poder local nos processos decisórios. E ambos frisaram que o Território possui identidade e vida própria; e que junto a coesão territorial, impede que ocorra o processo de desterritorialização, que nada mais é que a perda da identidade territorial.

Relembram que o PEPEDT é justamente esta via transparente entre o governo e público, para atender e analisar as necessidades da população da região. Entrando assim no conceito de “Desenvolvimento Endógeno” que é o crescimento e desenvolvimento  que utilizam os recursos locais (desde ambientais à humanos); e que para obter um modelo de desenvolvimento territorial de êxito é necessário que o controle social se faça presente. Sendo este assunto uma ponte para outras pautas importantes como a Certificação da Banana e Pagamento de Serviços Ambientais.

CERTIFICAÇÃO DA BANANA E PAGAMENTO DE SERVIÇOS AMBIENTAIS

Ambos projetos discutidos visariam a utilização da Bacia Hidrográfica, principalmente do Rio Mazomba, como ponto de partida para a gestão do território. Utilizando uma percepção local quanto ao uso da água, que é um indicador de desenvolvimento. E para incitar uma reflexão quanto a importância de um estudo das mesmas, foram feitas perguntas como:

  •  Como a água está chegando no final do Rio Mazomba?
  •  Qual é o ponto mais poluído do Rio? 
  • Onde é este ponto mais vulnerável? 

Entrando assim numa conversa entre os projetos, já que o Pagamento de Serviços Ambientais (PSA), permitiria que os produtores agrícolas ganhassem uma renda extra e ambiental por preservarem algumas nascentes florestais. E que estas áreas preservadas podem beneficiar de forma ecológica na produção de banana da região, que influencia na Certificação de Banana, gerando assim um Desenvolvimento Territorial Sustentável e inclusivo.

E para iniciar, tal gestão, no final da reunião ocorreu um pequeno workshop quanto a cartografia participativa. Onde foi discutida a leitura do mapa de vulnerabilidade ambiental do Rio Mazomba, explicando cada ícone e cores encontradas no mesmo. Sendo entregue mapas em folha de A4 aos presentes desse mapa, para que eles possam localizar pontos estratégicos da região.

Trazendo por fim a importância da cartografia participativa, que frisa a sabedoria local. Reforçando que tais projetos ao serem implementados não irão permitir a perda da história, do seu povo e do meio ambiente.

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